9 de fev. de 2011

Felicidade

Felicidade é, por um momento, se sentir completo. Pretenso dizer isso, uma vez que digo de uma impossibilidade: ser completo.
Somos seres de muitos furos e vivemos de uma nostalgia, daquilo que nos foi um dia tudo, do tudo que um dia fomos.
Por isso nunca é o bastante. Não nos basta só fazer sexo, há que ser com aquela pessoa, a que me agrada, a mais bonita, a mais gostosa; não nos basta a nutrição por ela mesma, há que ser aquele prato tal, aquela bebida tal, naquele lugar tal.
Mas há momentos em que podemos nos encontrar com essa sensação dita felicidade: é quando descobrimos o que, para nós e somente para nós, é importante; aquilo que nos faz bem e que não nos estaciona. Um nome e uma cara de pau tremenda, pra assumir.
Ser feliz é um ato solitário, assim como é solitário viver.

Um comentário:

Anônimo disse...

Felicidade é divisão. Compartilhamento. Quando o ser se divide, torna-se feliz.

Não uma nostalgia do passado, mas um acontecimento atual, um momento. Não apenas relações carnais, mas o olhar, o pensamento, a emoção.

Felicidade é amor, assim como a vida. Ninguém vive na solidão