9 de mai. de 2016

um sujeito eclipsado
resolve pousar no meio da sala.
de lá de onde não pode se ver
o sujeito agoniza no esquecimento.
o eclipsamento do sujeito
se deu por razões ainda não conhecidas.
sabe-se apenas que foi destituído
da capacidade de querer.
quiseram consertar o sujeito
dar-lhe explicações prontas para vestir.
ofertaram-lhe algumas técnicas
que se diziam tiro e queda.
foi assim que o sujeito foi abatido
restam agora pedaços finos e leves
que se quedam no ambiente.
como o elefante, o sujeito embaraça
por não saber de onde nem como nem por quê
se encontra desarmado.
o rubor aquece o sujeito
que pode agora costurar novas peças
no seu sobretudo de marfim.