13 de ago. de 2018

Asas do tempo

Saí apressada, era muito tarde. Achei que tivesse mais tempo, mas me perdi nas horas.
Entrei também apressada, depois de atravessar toda a cidade, ônibus trânsito pessoas e, claro, estava atrasada (mas com uma determinação que só aquele tipo de urgência conseguiria provocar).
Obstinada a não mais olhar para o tempo perdido, me coloquei as pautas do dia e perseverei.
Uma hiância, dois dias, desassossego, tempo voando e você pousou, depois de entrar por aquela porta semi aberta.
Entrou e ficou. Tranquei a porta com nós dois lá dentro.
Nunca pensei que amaria um pássaro, mas você nunca mais passará. Voa, tempo!

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